Tem várias leituras o poema Mensagem, dividido em 3 partes: "Brasão", "Mar Portuguez" e "O Encoberto": o livro é "uma estrutura rigorosa em termos simbólicos" - escreveu Antônio Quadros. "Sendo, porém, em verdade um poema, e um poema em que há peças de uma grande beleza, concentrada como é a expressão, tensa e simbólica, densa a significação, e, por vezes, superiormente inspirada a versificação" - adianta Gaspar Simões.
Será a realização do "supra-Camões" anunciado por Fernando Pessoa em 1912, quando na revista A Águia publicou os vários capitúlos da Moderna Poesia Portuguesa? Inquestionavelmente, Mensagem é um livro português, lusíada e de espírito universal.
A primeira parte tem o título significativo de "Brasão", abrindo com o subtítulo "Os campos", que englobam 2 poemas: o dos Castelos e o das Quinas. A seção II ("Os Castellos", inclui os poemas "Ulysses", "Viriato", "O Conde D. Henrique", "D. Tareja", "D. Afonso Henriques", "D. Diniz", "D. João I" e "D. Phillipa de Lencastre". A III seção intitula-se "As Quinas" e reune os versos de "D. Duarte, Rei de Portugal", "D. Fernando, Infante de Portugal", "D. Pedro, Regente de Portugal", "D. João, Infante de Portugal" e "D. Sebastião, Rei de Portugal". Por fim, "A Coroa", preenche a IV seção da Mensagem com o poema "Nunavalres Pereira" e, na V seção, vêm, "A Cabela do Grypho - O Infante D. Henrique" e "Uma Asa do Grypho - Affonso de Albuquerque".
"Mar Portuguez" é o título geral da II parte da Mensagem, que reune 12 poemas: "O Infante", "Horizonte", "Padrão", "O Mostrengo", "Epitaphio de Bartolomeu Dias", "Os Colombos", "Occidente", "Fernão de Magalhães", "Ascenção de Vasco da Gama", "Mar Portuguez", "A Última Nau" e "Prece".
"O Encoberto" é o título geral da III parte do livro, lendo-se na I seção ("Os Symbolos" os poemas "D. Sebastião", "O Quinto Império", "O Desejado", "As Ilhas Afortunadas", "O Encoberto". "Os Avisos" é o título que abre a II seção com as poesias "O Bandarra", "Antonio Vieira" e "Terceiro". "Os Tempos" (3ª Seção) inclui os versos "Noite", "Tormenta", "Calma", "Antemanhã" e "Nevoeiro".
A propósito do único verdadeiro livro que publicou em vida, assinala Antônio Quadros que nele emerge o "Poeta-filósofo, o Poeta-mágico e o Poeta-alquimista": "Brasão" é a Pátria antiga em termos simbólicos; "Mar Portuguez" é a leitura mítica da expansão portuguesa e em "O Encoberto" o poeta interpreta os cinco Símbolos de Portugal: "D. Sebastião", "O Quinto Império", "O Desejado", "As Ilhas Afortunadas" e "O Encoberto". Um livro português!
"Leituras" diversas que o biográfo e ensaísta João Gaspar Simões assim resume: "incompreendida sempre no que tem de mais puro e de mais belo - a expressão lírica dos seus versos magistrais - (a Mensagem) acabou por chegar aqueles que a não tinham querido receber no momento em que lhes fora oferecido pela candura mística do poeta." Na verdade, ainda há quem discuta hoje se o livro (ou o poema) recebeu o 1º prêmio ou não de um concurso literário, embora se conheça o regulamento, que estabelecia 2 categorias - a do livro e a do poema (classificado deste modo por ter menos de 100 páginas - que era o caso da Mensagem). Não há que estabelecer paralelos, de outro lado, entre Os Lusíadas e Mensagem, pois que diferentes foram também as "leituras" dos dois poetas. O que há de apurar é se Mensagem valeu a pena. E valeu!
"Mar Portuguez" é o título geral da II parte da Mensagem, que reune 12 poemas: "O Infante", "Horizonte", "Padrão", "O Mostrengo", "Epitaphio de Bartolomeu Dias", "Os Colombos", "Occidente", "Fernão de Magalhães", "Ascenção de Vasco da Gama", "Mar Portuguez", "A Última Nau" e "Prece".
"O Encoberto" é o título geral da III parte do livro, lendo-se na I seção ("Os Symbolos" os poemas "D. Sebastião", "O Quinto Império", "O Desejado", "As Ilhas Afortunadas", "O Encoberto". "Os Avisos" é o título que abre a II seção com as poesias "O Bandarra", "Antonio Vieira" e "Terceiro". "Os Tempos" (3ª Seção) inclui os versos "Noite", "Tormenta", "Calma", "Antemanhã" e "Nevoeiro".
A propósito do único verdadeiro livro que publicou em vida, assinala Antônio Quadros que nele emerge o "Poeta-filósofo, o Poeta-mágico e o Poeta-alquimista": "Brasão" é a Pátria antiga em termos simbólicos; "Mar Portuguez" é a leitura mítica da expansão portuguesa e em "O Encoberto" o poeta interpreta os cinco Símbolos de Portugal: "D. Sebastião", "O Quinto Império", "O Desejado", "As Ilhas Afortunadas" e "O Encoberto". Um livro português!
"Leituras" diversas que o biográfo e ensaísta João Gaspar Simões assim resume: "incompreendida sempre no que tem de mais puro e de mais belo - a expressão lírica dos seus versos magistrais - (a Mensagem) acabou por chegar aqueles que a não tinham querido receber no momento em que lhes fora oferecido pela candura mística do poeta." Na verdade, ainda há quem discuta hoje se o livro (ou o poema) recebeu o 1º prêmio ou não de um concurso literário, embora se conheça o regulamento, que estabelecia 2 categorias - a do livro e a do poema (classificado deste modo por ter menos de 100 páginas - que era o caso da Mensagem). Não há que estabelecer paralelos, de outro lado, entre Os Lusíadas e Mensagem, pois que diferentes foram também as "leituras" dos dois poetas. O que há de apurar é se Mensagem valeu a pena. E valeu!
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